Vamos nos encontrar em frente a IASD de Diadema as 7hs, para irmos todos juntos ao curso...
IX Campori Online - Associação Paulistana
Texto 5
Eram aproximadamente 9:00 horas do dia 27 de dezembro, quando fomos até o aeroporto de Bissau, acompanhados do pastor Ricardo Orsucci e lá tomamos um avião para a Ilha de Bubaque. Era o menor avião em que nós já havíamos embarcado. Um monomotor muito velho. Éramos cinco pessoas: eu, a Ângela, o Gilmar e dois padres. O Avião começou ao voar por cima do mar. A água era de uma azul deslumbrante. Enquanto admirávamos o oceano lá em baixo, de repente, o avião começou a diminuir a velocidade e perder altura. O piloto lançou mão do rádio e pediu socorro a torre de controle de Bissau, mas não recebeu nenhuma resposta. Ao olharmos para fora, vimos que muito óleo preto escorria da turbina daquele monomotor. Ficamos preocupados, mas como a viagem era bem curta, apenas 45 minutos, mesmo perdendo altura, conseguimos pela graça de Deus, pousar numa pista cheia de mato e arbustos, na Ilha de Bubaque. Quando lá chegamos encontramos o Pastor Luiz Nanque e o obreiro Forcelino Gomes que estav am nos esperando. Havia também um guia turístico chamado Futri que ali estava para recrutar turistas e mostrar as belezas da ilha. Ele tornou-se nosso melhor amigo. Era muito simpático e muito prestativo. Neste momento eu disse ao Gilmar: "Este será o primeiro jovem que nós iremos batizar nesta ilha." Gilmar perguntou-me: "Como o senhor sabe?" Eu disse-lhe: "Eu sinto isto no meu coração." Esperamos vir um táxi para pegar a nossa bagagem. O pastor Luiz sorriu e disse: "O táxi já está vindo, pastor." Quando olhamos, vinha alguém com um carrinho de mão, daqueles que se usa em construção civil, era um funcionário do hotel onde ficaríamos hospedados. Ele pegou nossas malas, colocou-as na carriola e foi empurrando-a na frente e nós fomos caminhando atrás. Chegamos ao hotel e fomos recebidos gentilmente pelo gerente. A seguir nos levaram até aos nossos apartamentos. O hotel era de madeira e bem rústico, mas ficamos felizes porque havia um lugar para dormirmos. Havia energia somente das 19:00 às 22:00 horas. Energia de um gerador a gasolina muito barulhento. Então nos alojamos e preparamos todas as nossas coisas, almoçamos arroz com peixe e separamos os materiais de evangelismo até a noite, usando luz de velas. Quando a energia chegou, nós conseguimos concluir o nosso trabalho. Tínhamos conosco muitos remédios. Separamos cada um segundo a sua patologia.
Fizemos uma reunião com o Pastor Luiz e o obreiro Forcelino e depois, fomos dormir, porque estávamos muito cansados. No próximo dia, que era 28 de dezembro, acordamos cedo e fomos até a praia para vermos de perto aquele lindo mar azul. Vimos muitos golfinhos pulando na água bem perto de nós.
Depois fomos visitar o Presidente da ilha para pedirmos autorização a fim de fazermos a conferência. Se era um mulçumano muito simpático. Recebeu-nos com alegria em sua casa. Levamos-lhe alguns presentes e tivemos uma conversa muito amistosa com ele. Lembro-me que eu lhe dei uma revista "Paz na Tempestade" e ele observou: "É... pastor, o nosso país precisa de muita paz." Nesta época o país já estava preparando-se para uma terrível guerra civil que veio poucos meses depois de nossa volta para o Brasil.
Do livro:
Missionários do Século XXI – Uma fantástica aventura por países da janela 10/40
Por Davi Tavares & Ângela Tavares
IX Campori Online - Associação Paulistana
Texto 1
Nasci em Coronel Goulart, uma pequenina cidade localizada no oeste do Estado de São Paulo.
Venho de uma família tradicional cristã. Minha avó materna foi quem nos deixou esta relevante herança espiritual. Faço parte da terceira geração de cristãos em nossa grande família. Somos quatro homens e seis mulheres. Apesar de meus pais serem pobres, simples e sem muita cultura formal nos legaram uma educação moral e religiosa que talvez nunca recebêssemos em nenhuma escola do mundo.
Tive uma infância pobre, mas muito feliz. Todas as noites minha mãe e também meu pai, quando não estava viajando, nos contavam histórias da Bíblia antes de irmos dormir. Nossos pais nos deram muita atenção e carinho. Em nossa casa havia muita demonstração de amor a todos os filhos na forma de abraços e beijos. Foi graças a este amor e sabedoria dos nossos pais que até hoje, os dez filhos ainda estão firmes na Igreja de Deus, seguindo o nobre e digno exemplo deixado por eles.
Cresci assistindo a Escola Sabatina e ouvindo as lindas e impressionantes histórias das cartas missionárias que falavam sobre a obra de Deus no mundo. Porém, as histórias que mais me impressionavam eram as que falavam da África e da Amazônia. Ao ouvi-las o meu puro coração de criança enchia-se de emoção e do sonho de um dia trabalhar nestas regiões tão carentes do mundo.
Quando eu tinha cerca de sete anos, minha mãe me ensinou uma poesia da carta missionária que falava sobre as "Lanchas da Amazônia" . Tive que decorar a poesia ouvindo a minha mãe repeti-la muitas vezes, pois a esta altura, eu ainda não sabia ler e nem escrever. A poesia dizia mais ou menos assim:
"Luzeiro e Luminares são os barcos do Senhor
que levam paz e saúde pela palavra do amor.
Há males e feitiçarias nas densas matas sem luz
e há desespero nas almas que ali vivem sem Jesus.
O seu quinhão e a miséria, doenças, tristezas e dor,
quanto precisam coitados, das novas de um Salvador".
Esta pequenina poesia nunca saiu de minha mente, a despeito dos anos que já se passaram. Deus colocou no meu coração de menino o sonho de um dia trabalhar como Missionário na Amazônia e também na África.
Do livro:
Missionários do Século XXI – Uma fantástica aventura por países da janela 10/40
Por Davi Tavares & Ângela Tavares